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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Análise Semiótica



2010


New Dove



A campanha da Doce realizada a partir de imagens de antes e depois de personagens de desenho animado. A comparação é de como as personagens ficariam depois de utilizarem os produtos Dove.



Slogan da Campanha: O novo movimento do seu cabelo está aqui.



Na figura antes, a expressão facial das personagens indicam insatisfação, dúvida e de que a personagem está tendo uma ideia para resolver o problema. Na figura depois a expressão é de felicidade, satisfação com o novo visual.

Análise Semiótica

 2009

Propaganda da Pepsi



A competição entre a Pepsi e a Coca-Cola é uma das maiores rivalidades nos negócios da história. A Coca-Cola, criada
em 1886 se tornou um sucesso instantâneo. A Pepsi foi criada 12 anos depois da Coca-Cola.

São várias as propagandas que deixam clara essa rivalidade.

Analisamos a propaganda da pepsi ao lado: O canudo em posição de rejeição em relação a lata da coca-cola transmite a ideia de que estão tentando força-lo a consumir coca-cola. Por mais que a propaganda não divulgue o nome da coca na lata, fica claro se tratar da mesma pelas caracteristicas evidentes da lata, a faixa branca em forma de "S" sobre a lata vermelha faz essa referência. A "boca" do canudo indica espanto, medo. As "mãos indicam a resistência em não ceder ao consumo.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Equipe



Taniê Alves
Planejamento






Lucas Oliveira
Criação


Bruno Guido
Criação / RTVC


Taciana Brito
Produção / Mídia








Sthella Fagundes
Atendimento











b2fcomunicacao@gmail.com

Interface





COMUNICAÇÃO: TECNOLOGIA E IDENTIDADE

Capitulo 5 – O espaço da interface

O principal objetivo deste trabalho é questionar alguns pontos já levantados por pessoas ligadas a diferentes áreas de conhecimento, mas que sobre certo ponto de vista, parecem pertencer à discussão sobre a Atualidade e sobre as relações que o homem está tendo com o que é externo a ele e o que é propriamente seu.

 
 O que se fez aqui foi tentar entender um espaço privilegiado para esse tipo de pensamento. Este local parece estar ligado á noção de espaço potencial. O espaço potencial não seria propriamente o lugar do qual se quer enxergar a realidade já que está restrito ao modo de ver.

O espaço potencial é um local ambíguo e paradoxal, e que pode ter mais de um aspecto. Daí a criação de outro lugar, a interface, que tem muito a ver com este espaço potencial, e em certos casos até confunde-se a ele, mas é diferenciada por autores como Pierre Levy e Paul Virilio.

Levy assim descreve: a palavra “interface” designa um dispositivo que garante a comunicação entre dois sistemas informáticos distintos. Nesta acepção do termo, a interface efetua essencialmente operações de transcodificação e de administração dos fluxos de informação.
  
A noção de interface remete a operação de tradução, de estabelecimento de contato entre meios heterogêneos.

Paulo Virilio afirma que a região costeira é uma coisa surpreendente, uma interrupção maravilhosa, uma interface. Seja como região costeira, seja como comunicação ou transporte, a interface parece ser um local capaz de dar conta dos fenômenos de troca.

A interface mantém juntas as duas dimensões do devir: o movimento e a metamorfose. É a operação de passagem.

Um espaço privilegiado

Segundo Paulo Vaz, a atualidade coloca o homem frente a um futuro que sempre pode ser, no mínimo, duplo. As coisas acontecem num movimento em que o homem não pode estabelecer quais caminhos a seguir, ele está numa corredeira, rio abaixo, na velocidade (Levy apud Vaz, 1997, p. 108). E por isso, tem que seguir sempre sem frente, mas há como pensar que, mesmo nesta correria, existem locais de onde se pode olhar.  A interface surge ai como este tipo de lugar. Por sua própria instabilidade, ela produz momentos interessantes e enriquecedores que fazem com que o homem não precisa parar para olhar, e sim que ele possa ver no movimento. No movimento, há a ideia da correria, mas na interface, há também a possibilidade de aceleração. Velocidade e aceleração são coisas distintas e têm valores diferenciados. A aceleração é tida como um fator que determina o quanto podemos enxergar, segundo Virilio. Velocidade demais cega (Virilio e Lotringer, 1984, p. 83-84).

Para Virilio interface também é sinônimo de interrupção, onde haja a possibilidade de se parar para pesar antes de agir.

A ideia de aceleração mostra que não há só velocidade em questão. A interface como espaço de troca é também interrupção. Paul Vaz analisa, uma das possibilidades de ver a atualidade é encontrar em sua gênese o desencadear de uma força, que indica o sentido de mudança.

Interface e velocidade

A ligação da interface com a velocidade e a aceleração deveu-se mais às ideias de Paul Virilio e por isso tornou-se mais elemento paralisante do que propriamente um modificador de movimentos. A visão de interrupção pode ser encarada somente como a modificação de um determinado movimento, como um fenômeno químico em determinadas substâncias, quando misturadas podem simplesmente se isolar (água e óleo) ou até explodir.

Há a possibilidade dada pelo desencadear de uma força no sentido de mudança, mas há também a indeterminação quanto ao que esta mudança pode produzir.

Há de se pensar, então, na interface como ligada ao espaço potencial. Este é determinado na relação do sujeito com o mundo e, por isso, individual, nunca coletivo.

Pode-se pensar na interface como coletiva, mas isso não pode advir da ideia de que esta vinculada ao espaço potencial, que é prioritariamente individual. Se for colocada à questão da interface como região de troca, é possível entender sua amplitude, sem perder de vista o espaço potencial, mas não há como determinar, ainda se isso é o suficiente para dar a ela um caráter coletivo.

Muniz Sodré propôs a ideia de interface como “linguagem, ideologia, prática e retórica da era ciberespacial”. A ideia de interface como linguagem, principalmente, faz pensar na possibilidade de enxergar ai algo que vai além do espaço potencial e que permite entender o caráter individual para o coletivo e, com isso, começar a poder entender as questões política e ética que são desenhadas aí.

Conclusão


Pode-se dizer que a interface é um local que pode ser encarado como próprio a um estudo da Atualidade no que se pode ver sobre trocas, comunicação e também sobre a própria noção de espaço neste tempo contemporâneo. A ideia de privilégio não se iguala a de ideal. Falar, então, da interface é pensar sobre contatos e misturas, sobre enriquecimento, onde há que se dar alguma coisa para se ter outra em troca, sem necessariamente sentir isso como uma perda.

Assim, este estudo pretende dar conta de uma possibilidade de encarar a comunicação hoje como um espaço deste tipo, onde as trocas são feitas. Neste sentido a interface liga-se também a noção de hipertexto, em que os caminhos não são mais determinados por um emissor único, e que é o receptor que escolhe quais os percursos quer fazer, ou quais as interfaces vai utilizar.

Autor: Iluska Coutinho; Silveira Jr, Potiguara Mendes
Editora: Mauad 
2007



Comunicação, consumo e produção de si



COMUNICAÇÃO: TECNOLOGIA E IDENTIDADE

Capitulo 4 – Comunicação, consumo e produção de si

A denominação do capitalismo hoje mistura-se a de anteriormente: pós-fortunista, pós-industrial, pós-moderno, cognitivo, cultural, de consumo flexível, do conhecimento, em rede, do imaterial. O ponto em comum é que em todas as partes da distinção entre capitalismo moderno, industrial e o atual, baseado na valorização do capital imaterial, são as novas tecnologias de informação e comunicação, e consumo mais personalizado.

Os meios de produção agora são técnicas e procedimentos de comunicação e informação, o conhecimento, a relação social e não mais as máquinas fabris.

Passa-se a valorizar o consumo do conhecimento, da informação.  O produtor e o usuário/consumidor se tornam interlocutores pelo compartilhamento da cultura, da sociedade e da economia que passam a ter a rede como modelo. O novo capitalismo exige um trabalhador ativo, flexível, que se expresse, se manifeste, se relacione e coopere criativamente. O que se requer é uma produção de si.

Quanto mais as novas formas e meios de comunicação liberam um sujeito produtor-consumidor, mais as relações entre o capitalismo, mercado e cultura se tornam complexas. Destaca-se na internet a atuação de duas estratégias exemplares: a de autoproduçção como youtube e as redes sociais como as tentativas de marketing on-line. 
 
Cultura On-Line

A cada momento surge uma coisa nova na internet, na chamada 2.0. Venda on-line, blogs, troca de arquivos, Wikipédia, sites de relacionamento, álbum virtual, e o youtube. A internet é veloz, dinâmica, interativa, arquivo de memórias e de informações, ao mesmo tempo que é fluida, flexível e efêmera. Consome-se esse tipo de cultura, seja ativa ou passivamente.
              
Produção e consumo na internet
 
Hoje, “qualquer um” equipado com um computador, internet e máquina digital pode se tornar um astro mostrando tanto a banalidade do cotidiano quantos trabalhos considerados relevantes. As pessoas querem produzir e consumir aquilo que fazem, querem ser vistas e se verem, como também consomem o que os outros fazem.

Através da internet as empresas podem conhecer e interesses dos seus consumidores. “O marketing é cada vez menos comunicar mensagens e mais interagir com os consumidores”, diz um especialista nesta matéria.

Um novo capitalismo

Hoje se convive com um novo tipo de capital, o “capital cultural” baseado no trabalho de produção e de consumo de bens simbólicos.

O governo dos sujeitos visa a fazer deles empreendedores de si. Lazzarato (2004) avalia que o novo capitalismo não produz nem sujeito e nem objetos, e sim variações geradas pela tecnologia. Consumir não se reduz mais a comprar e usufruir um objeto ou serviço, e sim pertencer e aderir a um mundo.

A modificação destacada pelo autor pode ter amplitude maior porque o sujeito inserido numa rede social e cultural está convidado a co-produzir junto às empresas pela exposição  de si, de seus gostos, criatividade e ligações.

Hoje o trabalho não consiste somente em transformar a matéria, mas também em organizar fluxos de informação. O ato de consumir deixa de ser a ponta extrema do processo e passa a ser modalidade básica da atividade ao criar, reciclar as imagens e representações.

O consumidor – produtor

Cada vez mais as pessoas precisam ser proativas diante de circunstâncias ambíguas. Passa-se a buscar a capacitação para fazer algo novo, em vez de depender do que já foi aprendido.
Um dos primeiros usos do termo consumir, segundo Raymond, significava “destruir, gastar, desperdiçar, esgotar” o consumo era associado ao desperdício. Sennett associa a publicidade à busca de novos estímulos, agora não ligados ao esgotamento e à expansão do mercado, e sim destinados à ampliação da imaginação do consumidor.

O capitalismo moderno valorizou as grandes massas de capital fixo. O trabalho era basicamente operacional. A cultura era o momento fora do trabalho a ser experimentada como formação para um indivíduo autônomo.

No capitalismo pós-moderno, os produtos não são mais o resultado de trabalhos cristalizados, e sim de conhecimento cristalizado: resolver problemas, comunicar, exercer atividades cognitivas, exprimir afetos.

O consumo adquire um sentido para além do esgotamento e da paixão consumista.

O mesmo processo ocorre com as empresas, que passam a agir como rede de empresas e não mais isoladamente. A competitividade se da sobre a capacidade de identificar, conceituar problemas e buscar soluções diante de um fluxo de informações.

A comunicação publicitária até então praticou a segmentação de grupos e hoje ela corre atrás de aspectos individuais e íntimos do consumidor.

Neste cenário Lazzarato (2004) enxerga um novo imperativo: sejam sujeitos, eis o novo comando que se ouve. É preciso se expressar, falar, comunicar e cooperar.  Como decorrência do processo a venda de si é como uma “mercadoria que trabalha”, e neste empreendimento ser virtuoso é saber se vender em um mercado da personalidade.

Publicidade e consumo

Na análise tradicional, a linguagem da propaganda tende ainda a impor a ideia de que a organização da sociedade responde às necessidades, enquanto, no novo modelo produtivo, é esta organização que constrói necessidades de acordo com seus interesses.

André Gorz (2003) entende o consumo como produtor do imaginário coletivo, que podem ser capitalizados, mobilizados reinvestidos pela “pequena empresa humana no trabalho”.A publicidade mobiliza totalmente o individuo, faz apelo a imaginação e ao desejo de uma pessoa  em individual e promete a  a cada um  uma situação diferente, ela produz “uma socialização anti-social”.

Gorz considera que a publicidade é um instrumento pelo qual a mercadoria deve fazer seus consumidores, induzi-los a uma produção de si segundo a imagem que propaganda oferece, preparando-os para se constituírem de acordo com o modelo que os tornara empregáveis e vendáveis.

Edward Barnays, definiu os consumidores no inicio do século 20 como “não têm necessidade do que desejam e nem desejam aquilo de que têm necessidade”, explicou que as pessoas eram limitadas por natureza e seus desejos eram por essência ilimitados. Barnays criou uma nova disciplina “Public relations”, as indústrias nos Estados Unidos estavam com uma enorme produção e precisavam encontrar compradores.

(Scheweitzer apud Klein 2002) diz “Produtos são feitos na fábrica, mas marcas são feitos na mente”, as marcas vedem um conceito, um estilo de vida, uma atitude.

A marca ao se desprender do produto pode ser retomada pela arte de guerrilha “culture jamming” para requisitar o espaço público cada vez mais privativo pelo marketing. As intervenções contra a construção das marcas utilizam métodos, desde pichações em cartazes e outdoors nas ruas á criação de sites antipub na internet. Hoje, ate os profissionais de marketing incorporaram ao chamado “marketing de guerrilha”. È usado o ativismo dos anticonsumidores como novas praticas de sedução.

As ações de guerrilha e de apropriação mostram a interação comunicacional, que é a forma de sociabilidade em rede. A propaganda na internet se expande ao explorar linguagens interativas, e as marcas tentam ficar quase que iguais das formas de entretenimento.

Os objetos e as marcas possuem uma dimensão simbólica, só que ambos são também meios de Acesso á participação ativa na sociedade.

Os produtos, materiais ou imateriais tem em si o conhecimento, a inteligência e a cultura como meio que impulsiona o processo produtivo pós-fordistas. A atividade de consumo modificam as relações  de produção, circulação  e distribuição.

No processo ”em que tudo é recurso”, é necessário a interação social a disseminação e multiplicação das redes sociais e tecnológicas. E quanto mais é pedido a produção de si mais este produtor-consumidor adquire o domínio das técnicas, da linguagem dos processo comunicacionais, das estratégias de exibição, circulação e distribuição no mercado o que aumenta o seu poder de ver e de ser visto, e como o midiáticos mostram para além das solicitações de uma cultura de si.

Autor: Iluska Coutinho; Silveira Jr, Potiguara Mendes
Editora: Mauad 
2007




               

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